segunda-feira, 13 de abril de 2009

Drama

Posso dizer que sempre lidei com os momentos mais terriveis da minha vida com uma certa sobriedade e sangue frio. Diz-se que os artistas são espontâneos e não resistem aos seus impulsos, mas felizmente eu não me enquadro nesse cliché. Sou uma pessoa aborrecida, desinteressante e nem quando tudo se desmorona à minha volta me vêem a espernear ou a perguntar "porquê?". Sei que as coisas são assim, nada é garantido e nós estamos cá para aguentar com a merda toda que possa vir e pronto. Não faço cenas quando me enganam ou decepcionam, nem mesmo quando é o destino a faze-lo... principalmente se for o destino a fazê-lo! Nunca fui de atribuir culpas nem de me recusar a ver ou lidar com a realidade, mas aprendo rápido.
Ao longo da minha vida tenho feito muitas escolhas acertadas que foram cuidadosamente estudadas. Talvez seja por isso que quando a desilusão vem tem um impacto tão grande. É silenciosa, como um veneno que é administrado directamente por via intravenosa, quase não se sente o sabor (mas sente-se!). Mantenho-a cá dentro, reestruturo o que tenho a reestruturar para encontrar um lugar vitalício para ela e a vida continua.
Drama não é quando as pessoas me fazem mal por motivos egoistas. Drama não é as pessoas nem sequer admitirem a si próprias os motivos pelo qual o fizeram...
Drama para mim é estar 3 horas por dia em transportes. Aí o desespero realmente apodera-se de mim. Drama é a data de comunicação dos resultados do Inovart ter sido novamente adiada. Drama é o sr. George Martin matar os seus heróis com tanta ligeireza.
PS: Sim, este blog é para tretas pessoais, apeteceu-me! Se não quiserem ler lamechices aconselho-vos a visitar só o tulips.

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