Quando caminho naquela direcção umas mãos apertam-me dolorosamente os ombros, numa tentativa de me fixar no mesmo lugar. Conforme me vou aproximando agarram-me os pés, empurram-me para trás e ,finalmente, quando entro no edificio, o murro no estômago que me faz mirrar e contorcer. Pergunto-me se as pessoas à minha volta não conseguem vê-lo. "Era bom que fosse rápido, desta vez", mas o tempo que leva é sempre um pouco de tempo a mais. "Será desta que não volto?"
No regresso voo, deslizo dali pra fora, como um cão que acabou de ser pontapeado. Desta vez escapei.
De costas voltadas, a coragem volta a encher-me os pulmões e convenço-me de que a ida só custa mais porque o caminho é a subir, enquanto a volta é a descer.
Coragem.
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